Microinterações são geralmente entendidas como animações nas interfaces gráficas das aplicações e softwares, mas são, na verdade, a inclusão de comportamentos nos componentes/elementos das interfaces que sinalizem mudanças de seu estado e/ou condições, e transições que conduzam o usuário entre um ponto e outro da interface sem que sua mudança seja abrupta e comprometa a compreensão do que está acontecendo na aplicação.
Microinterações são baseadas em alguns princípios: da psicologia cognitiva (gestalt) vem o entendimento de que é necessário que os componentes visuais façam uma transição gradual de um estado à outro (não mudem abruptamente), de forma que o sistema cognitivo possa dar sentido e significação ao que muda; da ergonomia vem o entendimento de que as mudanças graduais e fluídas produzem mais conforto, tanto visual, quanto de uso; da engenharia de usabilidade vem o entendimento de que as microinterações reforçam os mecanismos de feedback, que auxiliam a eficiência/eficácia de uso dos artefatos; por fim, da comunicação vem o entendimento de que os comportamentos auxiliam na construção de uma narrativa sobre o funcionamento e uso da solução, que faz do artefato mais comunicativo e expressivo, e consequentemente, mais humanizado e familiar.
As microinterações só conseguem ser planejadas e materializadas em de protótipos de alta fidelidade. Há inúmeras ferramentas de capazes de incluir microinteração aos protótipos de aplicações e soluções digitais.
A prototipagem das soluções devem se iniciar o mais rápido possível. Os primeiros protótipos começam a ser desenvolvidos, geralmente, após a Quest #5, mas é geralmente em torno da Quest #7 que os primeiros protótipos de alta fidelidade começam a ser efetivamente desenvolvidos. É nesse momento que as microinterações se tornam mais palpáveis e conseguem ser incorporadas na interface/projeto.