Brainstorm é a técnica para geração de novas ideias e alternativas mais utilizada em processos criativos.
Trata-se de uma dinâmica de grupo, onde todos os envolvidos devem propor o que lhe vêm a mente, sem fazer qualquer julgamento sobre as colocações alheias, principalmente sobre a sua qualidade. A intenção é produzir ideias em quantidade, mesmo que muitas delas acabem descartadas.
A técnica de brainstorm, ou brainstorming, foi criada pelo publicitário Alex Osborn na década de 1950, no auge criativo das agencias de publicidade norte-americanas, fruto de uma confluência de um mercado super-aquecido após a segunda guerra mundial com a interação entre as agências e os institutos de pesquisa de consumo e medição de audiência, com o trabalho de psicologos comportamentais estudando formas de estimular o consumo ou controlar a maneira como o público receptor dos meios de comunicação respondiam aos estímulos midiáticos, e com a colaboração gráfica/visual dos designers e diretores de arte europeus que migraram para os Estados Unidos e fundaram o que, no campo do design, se conhece como Escola de Nova York.
A técnica é baseada na ideia de que nenhuma ideia é naturalmente boa ou ruim, mas de que deve ser trabalhada coletivamente até que amadureça para algo que possa ser aproveitada produtivamente.
Reunidos os participantes, um deles deverá ser elegido como mediador, cuja responsabilidade será cuidar para que os demais participantes não tenham suas ideais tolhidas ou que julgamentos sobre as ideais acabem sendo feitos. Seu papel é manter o clima e ambiente abertos e receptivos, e, em casos extremos, reconduzir as discussões e proposições para o tema central do brainstorm, já que é bastante comum que, dado o contexto de liberdade, as proposições acabem se desviando do assunto original.
Os demais participantes deverão propor ideias, incluíndo novas ideais sobre as proposições dos demais, sem que se faça juízo de valor sobre elas, ou que sejam criticadas. É absolutamente necessário que todos tenham ampla liberdade para trazer à dinâmica quaisquer relações que venham às suas mentes (daí o nome "tempestde de ideias").
É sempre recomendável que um aquecimento com uma conversa sobre assuntos gerais ou amenidades preceda o brainstorm, para colocar todos os participantes em um estado de relaxamento, e para que sejam instruídos a manter a mente aberta, sem criticismo ou julgamento às idéias alheias, nem mesmo em suas expressões faciais ou corporais... é fundamental que todos sejam capazes de desenvolver a dinâmica de forma construtiva.
Ideias diferentes, estranhas e malucas devem ser incentivadas, e não tolhidas. Como o próprio Osborn afirmou, é mais fácil aperfieçoar uma idéia estranha, do que criar uma boa ideia do zero.
O objetivo final do brainstorm é obter uma grande quantidade (e não qualidade) de ideias. O valor e utilidade destas ideais precisará ser analisado e avaliado posteriormente, e nunca deverá ser parte das preocupações ao se conduzir um brainstorm.
Os produtos do brainstorm podem ser registrados em um quadro enquanto ele se desenvolve, podem ser registrados através de post-its fixados em um painel, ou podem ser gravados em áudio ou vídeo. Independente de qual seja o método, o importante é que aquilo que tenha sido produzido, possa ser consultado porsteriormente.
O brainstorm é um processo criativo, e deverá ser utilizado após as fases de observação e análise do projeto, que geralmente se iniciam durante a Quest #4 (proposta única de valor). Deste ponto em diante, os processos criativos passam a ser constantes por todo seu desenvolvimento.