Projetão é uma metodologia/framework de projeto com ênfase em inovação, desenvolvida e aperfeiçoada desde 2002, originalmente, pelos professores Geber Ramalho, Cristiano Araújo, Luciano Meira e André Neves, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em Recife, PE.
Como atividade formativa (disciplinas em cursos universitários), o framework já foi ensinado para mais de 2710 alunos ao longo de todo este período, e já produziu mais de 152 projetos de inovação como resultado.
Desenvolver este framework foi uma empreitada realizada inicialmente no Centro de Informática (CIn) da UFPE, com o intuito de preparar os estudantes universitários para se tornarem protagonistas nas mudanças que se estabeleciam nos novos negócios e novos empreendimentos de tecnologia, sobretudo em decorrência do desenvolvimento do Porto Digital, parque de tecnologia e economia criativa instalado na cidade do Recife. Sua elaboração começa em 2002 com uma reformulação no processo formativo, tentando aproximar a sala de aula daquilo que se vivenciava "no mundo real", isto é, aproximar a universidade da rede de atividades desempenhadas por empresas, startups, profissionais liberais, institutos e fundações, ao mesmo tempo que a aproximava igualmente das demandas e necessidades concretas da sociedade onde estas instituições se encontram inseridas. Esta rede que integra o Porto Digital, os negócios e associações nele instalados, os profissionais e estudantes atuando dentro e fora dele, e as instituições de ensino e pesquisa que estimulam a produção de conhecimento e inovação que o alimentam, acabou se tornando o que é tratado em Projetão como Ecossistema, um conjunto inteiramente interligado, dinâmico e colaborativo.
É neste contexto bastante rico que Projetão tem suas fundações. Em sua gênese, pode-se dizer que se tratava apenas de uma disciplina pouco ortodoxa oferecida nos cursos de computação, que dentre diversas práticas pouco usuais:
Foi em um segundo momento, em torno de 2012, com quase 10 anos de atividade, que Luciano Meira, vindo do curso de Psicologia, e André Neves, do curso de Design, se juntam a esta iniciativa, e trazem consigo mais uma faceta importante de Projetão: a multidisciplinaridade. Com eles, estudantes de outros cursos começaram a cursar a disciplina em conjunto com os estudantes de computação, e os projetos desenvolvidos começaram a ganhar uma abordagem multifacetada, produto de visões e abordagens diferentes sobre o projetar. É neste período também que Projetão começa a deixar de ser uma disciplina, e começa a se tornar uma abordagem da prática projetual capaz de integrar tanto os aspectos humanos e sociais, quanto as questões técnicas e financeiras envolvidas nos projetos. De uma abordagem focada em desenvolver e colocar em funcionamento concreto um projeto, ela passa a trabalhar a identificação e elaboração de estratégias de inovação capazes de produzir novos negócios em sintonia com o desejo das pessoas.
A forma como esta metodologia de projeto é capaz de operar as questões sendo trabalhadas (o objeto de projeto) e envolver pessoas com formações e atuações bastante diversificadas, aliada à maneira inovadora de ensiná-la e de exercê-la, torna Projetão uma experiência singular e especial. Em 2015 esta experiência começou a ser partilhada com outras instituições e cursos na tentativa de multiplicar seus resultados em outros campos e Ecossistemas. Fica então evidente que não se trata de um curso ou de uma disciplina, mas de um método: um corpo de conhecimento e de procedimentos cuidadosamente talhados para auxiliar uma equipe multidisciplinar no desenvolvimento de projetos de inovação, desde a identificação de oportunidades latentes nas comunidades e grupos sociais, até a elaboração de uma proposta única e estratégica de solução que se desdobra em um processo construtivo envolvendo testes e validações sistemáticas, polindo um produto final até que se torne um negócio viável capaz de atender de forma sustentável a comunidade para a qual foi criado. Esta é a missão na qual a equipe de professores e pesquisadores envolvidos com Projetão tem se dedicado desde 2017: a configuração desta metodologia de projeto, e a difusão deste know-how em inovação.
A abordagem utilizada em Projetão, além de se apoiar em fundamentos já bem estabelecidos como o modelo de Lean Startup, os princípios de Design Centrado no Usuário e um entendimento de que é necessário aliar qualquer tipo de projeto como negócios, como na metodologia de Design Thinking, também institui algo que pode ser entendido como um estilo, uma atitude ou uma cultura, isto é, um jeito bastante específico de fazer as coisas, que se orienta pelos seguintes princípios:
O relatório "Future of Jobs" do World Economic Forum identifica 10 competências indispensáveis para a atuação profissional à partir de 2020. As atividades desenvolvidas nas disciplinas de Projetão trabalham todas elas:
1 Solução de problemas complexos
2 Pensamento crítico
3 Criatividade
4 Gerenciamento de pessoas
5 Sinergia e coordenação com outros
6 Inteligência emocional
7 Juízo e tomada de decisão
8 Orientação à serviços
9 Negociação
10 Flexibilidade cognitiva
rodrigo ferreira oliveira de paula
guilherme sá
igor arruda
jabson oliveira
lais mendes
danielly oliveira
matias maranhão
lucas araújo
iara maçaira travassos
matheus figueredo de alencar
bruno luiz
ana beatriz de melo rêgo coutinho
damaris kelly da silva prazeres
ernandes da silva júnior
kleyton lourenco bezerra leacarla
wilkinson maciel silva
vinicius thiago leite dos santos
arthur barcellos lopes de lima
guilherme augusto campos de melo
henrique andrade mariz
fernando rangel magalhaes
lucas cavalcanti de siqueira leite
rodrigo monteiro de moraes de arruda falcão
bruno filho
rogério santos
joão vicente
mateus nunes
moabe renato
matheus de la rocque
anderson mota da silva
david micail
edymir semedo
gabriel vinícius melo
igor carneiro
thomas anderson
vinícius de moraes
esdras júnior
bruno filho
rogério santos
joão vicente
mateus nunes
moabe renato
matheus de la rocque
anderson mota da silva
david micail
edymir semedo
gabriel vinícius melo
igor carneiro
thomas anderson
vinícius de moraes
esdras júnior
igor matos
jorge vinícius (vinny)
luís henrique delgado
henrique muniz
marcio mendes
joão paulo luna
mariana duarte de oliveira
eduardo trindade
renê porfírio
marina gusmão
thalles cezar
caio cavalcanti
vítor jordão
jefferson elder
joão felipe farias
luã lázaro
maria luiza
marina lima
thaís morais
victor gutemberg
luiza amorim
júlia arruda
joffre galvao
igor matos
jorge vinícius (vinny)
luís henrique delgado
henrique muniz
marcio mendes
joão paulo luna
mariana duarte de oliveira
eduardo trindade
renê porfírio
marina gusmão
thalles cezar
caio cavalcanti
vítor jordão
jefferson elder
joão felipe farias
luã lázaro
maria luiza
marina lima
thaís morais
victor gutemberg
luiza amorim
júlia arruda
joffre galvao
eduardo firme
emmanuel carreira
gabriel henrique dos santos silva
joão vitor
lucas cilento
lucas zacarias
luiz felipe (de barros jordão?)
mariana medeiros
victor martins (soares?)
andré ferraz
alan gomes
denyson messias
lucas queiroz
Testemunho
Testemunho dos alunos que cursaram as disciplinas de Projetão
Testemunho
Testemunho dos alunos que cursaram as disciplinas de Projetão
Grupos de inovação
Mapa com os locais adotando a metodologia de inovação Projetão
Me sinto muito perdido na minha equipe... Há colegas sobrecarregados, e outros que não estão fazendo nada. O que cada aluno deve fazer no trabalho?
Se você está se sentindo um pouco perdido, é porque um dos desafios de Projetão é trabalhar em equipes grandes que precisam se auto-gerenciar; ninguém irá gerenciar a equipe externamente, e nenhum professor irá lhe dizer o que, quando ou como fazer alguma coisa necessária no projeto do seu grupo. Existe um motivo para isso: no "mundo real" as coisas são assim, e saber lidar com o trabalho desta forma é uma competência que precisa ser aprendida (isso não é uma coisa que acontece naturalmente e sem esforço). Projetão é a oportunidade de aprender a lidar com isso, e este aprendizando não se encerra aqui, pois saber trabalhar com outras pessoas (especialmente, com pessoas que pensam de forma diferente) será sempre um desafio.
Duas questões são essenciais para que as pessoas não fiquem perdidas:
1. Para que cada um possa trabalhar com autonomia, precisam ficar claros os papeis e responsabilidades: quem é o gerente de projeto da equipe? quem é o gerente de tecnologia? quem é responsável pela comunicação e apresentação? quem é responsável pelo relacionamento com os usuários e a comunidade de testes?
2. A colaboração precisa ser ativa: ainda que você não entenda, por exemplo, de design, você pode ajudar e construí-lo. Ninguém é um profundo especialista em nada em uma Startup, e todos se ajudam. Mantenha uma atitude aberta e diposta, mas não fique esperando que alguém lhe diga o que fazer. Se algo não esta sendo feito, vá lá e faça você mesmo; na pior hipótese, outros irão melhorar aquilo que você já começou.